Brasília, 20/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - Mesmo com as resistências de vários setores brasileiros e até de parte do governo que são contrários à criação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) os Estados Unidos acreditam que o governo brasileiro tem boa vontade nas negociações sobre o tema. Segundo a embaixadora dos EUA no Brasil, Donna Hrinak , o presidente Lula demonstra liderança no processo de criação da Alca. "Acho que um debate nacional aqui, nos EUA, nos outros 32 países é parte do processo. Tem que ter um debate nacional, mas estamos todos comprometidos", ressaltou.
A embaixadora disse que a questão dos subsídios agrícolas impostos pelos EUA ao Brasil deve ser discutida apenas no âmbito das negociações formais, evitando comentários específicos sobre um dos principais impafes para a criação da Alca. Na avaliação de Hrinak, o objetivo de todos os países do continente americano é a integração, embora ela admita que os "detalhes" específicos de cada país são os passos mais difíceis nas negociações. "Mas estamos comprometidos com esse objetivo.
A Alca tem de atender os interesses dos 34 países, senão vai ser um acordo insustentável. A idéia é que todos os países se levantem da mesa dizendo que os seus interesses mais importantes foram atendidos", ressaltou. Se a Alca for criada com base em um acordo sustentável em todo o continente a embaixadora acredita que as América serão um lugar atrativo para investimento e terão ganhos diretos, com a geração de empregos.
"Não é o acordo pelo acordo. O obejtivo é melhorar a vida dos nossos povos", ressaltou. A embaixadora participa na Câmara dos Deputados do encontro parlamentar sobre a Alca. A abertura será feita daqui a pouco pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que está sendo aguardado no plenário da Câmara dos Deputados.