Brasília, 7/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - O artesão Francinaldo Fernandes dos Santos, 35 anos, aprendeu com o pai o ofício de artesão. Todo dia chega cedo em um dos pontos turísticos mais conhecidos de Brasília, a Catedral, para vender flores desidratadas do cerrado. Fatura, em média, R$ 400 por mês, renda com a qual sustenta a família. Em épocas de forte turismo na capital, engorda a conta. Mas em períodos de "vacas magras", tem de correr atrás do prejuízo. Uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, anunciada hoje, pode mudar a vida de Francinaldo e de outros milhares de artesãos pelo país afora.
A cartilha Aprendendo a Exportar Artesanato" tem por meta dar indicações básicas para que o empreendedor saiba como fazer. Além disso, será possível estimular a venda de produtos genuinamente brasileiros aos Estados Unidos e União Européia, principalmente.
De acordo com o coordenador geral da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), Sérgio Nunes, será fácil vender o artesanato brasileiro lá fora porque nossos produtos são muito valorizados. "Nós temos uma fartura de matérias primas que põe o artesanato brasileiro em grande destaque no mundo", orgulha-se.
Francinaldo está animado com a novidade. "Tomara que dê certo. O maior desejo de um artesão do Brasil e do mundo é ter uma renda fixa. E esse projeto pode ajudar". Para ele, se a exportação de artesanato der certo vai ajudar a garantir renda fixa e planejar compras de matéria-prima antecipadamente com desconto. Apesar de um certo medo da burocracia, o artesão quer que suas peças sejam vendidas fora do país. "Até então, os gringos só compram meu material se vierem à Brasília", explica.
Para obter a cartilha "Aprendendo a Exportar Artesanato", o artista deve procurar as secretarias de trabalho, o Sebrae, as cooperativas e o próprio Ministério do Desenvolvimento, indústria e Comércio. Além da cartilha, o material pode ser encontrado em CD-ROM e na internet: www.portaldoexportador.gov.br .