Brasília, 7/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - O acordo entre os líderes do governo e da oposição no Senado, para dar mais rapidez à votação das emendas à reforma da Previdência, já começa a dar resultado. Depois de derrubar 125 emendas de uma só vez, numa votação simbólica, os senadores já derrubaram outras cinco emendas por voto nominal. Ainda faltam 13 votações nominais, mas a expectativa é de que todas sejam rejeitadas em votações rápidas. Neste momento, os senadores discutem uma emenda proposta pelo senador Jorge Bornhausen (PFL-SC) que defende a instituição de um regime próprio para as aposentadorias dos magistrados.
A tendência é de que todas as emendas sejam rejeitadas porque o governo se esforça para só aprovar mudanças que estejam na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) paralela, que será entregue amanhã (8), em plenário, pelo relator Tião Viana (PT-AC). Ainda há muita polêmica sobre a PEC paralela. O PFL insiste em condenar a proposta e diz que vai lutar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário para que as mudanças sejam incluídas na PEC original da reforma. O PMDB assina a PEC para garantir sua tramitação, mas o líder do partido no Senado, Renan Calheiros (AL) defende a fixação de um subteto único para o funcionalismo público estadual, ao invés da proposta do governo de deixar na mão dos governadores dos estados a possibilidade de aumentar o teto do Executivo estadual.
Os dois partidos concordam numa coisa: se as mudanças forem feitas na PEC original, apenas as alterações deverão voltar à Câmara dos Deputados, o que garantiria o calendário do governo de promulgar a essência da reforma da Previdência ainda em 2003.