Agência Brasil com informações da CNN
Brasília - O exército de Israel atacou nesta manhã um campo de treinamento usado por terroristas palestinos na Síria. O ataque ocorreu horas depois do ato terrorista que deixou 19 mortos em Haifa, no Norte de Israel.
De acordo com as forças armadas Israelenses, o campo fica dentro da Síria e era usado para treinamento por muitas organizações terroristas, incluindo a Jihad Islâmica. Mas um porta-voz da Jihad Islâmica negou as acusações de que existissem bases da organização na Síria, afirmando que o grupo não desenvolve ações militares fora dos territórios palestinos.
Já o porta-voz do governo de Israel, Ra’anan Gissin, disse que o campo estava apenas a 10 milhas (16 quilômetros) de distância de Damasco, capital da Síria. E avisou: "Nós faremos tudo o que for necessário para defender nossos cidadãos, observando a localização geográfica desses campos de treinamentos".
Segundo Gissin, Israel decidiu "ampliar o espaço das operações contra a Jihad Islâmica e o Hamas" e o ataque "manda uma mensagem para Síria e para o Irã pararem de oferecer suporte a grupos terroristas contra Israel". Ele alertou: "Nós não vamos tolerar a continuação que o eixo do terror entre Teerã, Damasco e Gaza continue a operar e matar homens, mulheres e crianças inocentes".
Ontem, 19 pessoas morreram e 50 ficaram feridas quando uma mulher suicida, com uma bomba, entrou num restaurante popular de árabes, Maxim, no sul da entrada de Haifa, cidade israelense de médio porte no litoral do Mediterrâneo. A maioria dos restaurantes, de acordo com a polícia, estava lotada e uma guarita de segurança foi destruída.
Logo depois deste ataque, um helicópetro Apache do exército israelense atirou contra dois foguetes numa casa na faixa de Gaza, de acordo com fontes palestinas. A casa era de Rezik Kamita, que as fontes de segurança disseram pertencer ao Hamas ou à Jihad Islâmica. O filho de Kamita, Izzedine al Qassam, é um membro do braço armado do Hamas, e foi alvo de Israel há poucas semanas na faixa de Gaza. A casa estava vazia, segundo as mesmas fontes.
A tensão entre palestinos e israelenses aumentou recentemente, depois de vários ataques de terroristas palestinos contra civis israelenses e depois dos contra-ataques israelenses que mataram membros dos grupos extremistas e feriram civis palestinos. O grupo fundamentalista palestino-islâmico Hamas é considerado como organização terrorista pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos. Izzedine al Qassam admitiu a responsabilidade pelo ataques aos civis israelenses como um ataque às forças militares israelenses.
A Jihad Islâmica, um grupo militar dedicado à criação do estado Palestino e à destruição de Israel, tem realizado operações militares contra civis e soldados Israelenses. Também é considerada um grupo terrorista pelos Estados Unidos e por Israel.