Rio, 26/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - A alta entre 4 a 5% no preço do barril do petróleo no marcado internacional, decidido pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), não vai alterar os preços no mercado interno de combustíveis. A afirmação foi feita nesta sexta-feira, no Rio, pela Secretária de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Maria das Graças.

Segundo ele, a alta é decorrência de manobras da OPEP em face das recentes quedas no preço do barril no mercado externo. "O preço do barril do petróleo vinha caindo recentemente e a OPEP fez lá os seus movimentos para recuperar os preços. Internamente, não muda nada. Nós temos convivido com preços altíssimos da época da guerra e, por meio do programa de rastreabilidade do governo, temos tido combustível de bom comportamento".

Na avaliação da secretária do Ministério de Minas e Energia, por trás deste bom e previsível comportamento do mercado, está a Agência Nacional do Petróleo (ANP), com um trabalho "muito bem feito na parte de fiscalização e regulação. Portanto, nós estamos ainda bastante confortáveis com essa subida promovida pela OPEP".

Maria das Graças garantiu que o Ministério de Minas e Energia vem acompanhando, com a Petrobras (o produtor e o refinador), todo o comportamento do mercado e a situação está toda dentro da previsibilidade. Agora, esta questão do preço dos combustíveis é uma sistemática diária e nós estamos, sim, monitorando diariamente e sempre em contato com a Petrobras para que não haja impacto social de eventual aumento de preço. Mas isto está totalmente fora de cogitação". (Nielmar de Oliveira)