Rio, 26/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff disse hoje que a falta de consenso entre os agentes sobre as propostas para o modelo do setor elétrico, a serem encaminhadas ao governo, não pode atrapalhar a execução do projeto. A advertência foi feita durante o encontro técnico dos secretários estaduais, sobre o gás natural no Brasil e suas perspectivas. Dilma considerou natural que haja divergências, em razão da complexidade do setor, e disse que cada um dos personagens - de distribuidores, passando por geradores até os transmissores - tem interesses distintos e às vezes conflitantes.

"Sabemos que o consenso é bastante difícil e não nos surpreendem as divergências de interesse. Achamos que cada agente que considerar necessário pode entregar a sua proposição de forma independente. O que nós não queremos é que haja atraso significativo no novo modelo, devido a essas divergências", afirmou a ministra.

Dilma lembrou que as propostas para o modelo energético não precisam necessariamente ser a soma de sugestões. "Não é isto. Até porque necessariamente o estado vai ter posição, vai arbitrar. O que nós queríamos era ter essa relação o mais rápido possível para estar mais aderente a algumas reivindicações que nós eventualmente achássemos legitima. Espero que hoje ainda isto se resolva e, resolvendo, vai ser bom para todo o mundo", disse.