Campo Grande, 3/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), em Mato Grosso do Sul, capacitou em julho 152 servidores, entre médicos veterinários e engenheiros agrônomos, para fazer o trabalho de rastreabilidade do rebanho bovino e bubalino. A informação é do gestor do programa de rastreabilidade do Iagro, o veterinário Ernest Schillings Filho.

O trabalho é resultado de um convênio entre a Agência Estadual de Defesa Animal e Vegetal (Iagro), Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Gado de Corte), a Vipper (empresa certificadora) e a Fundapan (Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária e Ambiental).

O processo de rastrabilidade começou na década de 90, depois do aparecimento na Europa de doenças no rebanho bovino, como o mal da "vaca louca", obrigando os governos a se preocuparem mais com a segurança alimentar e a preservação do meio ambiente.

"O mercado passou a exigir alimentos de qualidade e de origem conhecida", diz Schillings. O gestor do programa de rastreabilidade do Iagro observa também que o rastreamento é um conjunto de ações que forma o sistema de informação e registro, permitindo fazer estudo retrospectivo dos produtos bovinos e bubalinos nos vários postos de vendas até a propriedade onde foram produzidos.

Nesse convênio, o setor que irá fazer essa atividade é o Iagro, que dirá se o processo está de acordo com as normas do Sisbov (Sistema de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina). A identificação dos animais é de responsabilidade do pecuarista.

A Instrução Normativa 01 de 10/01/2002, que instituiu o Sisbov, determina que, a partir de junho de 2002, somente animais certificados podem ser exportados pela União Européia; a partir de janeiro de 2004, qualquer exportação só poderá ser efetivada se os animais forem certificados; e a partir de janeiro de 2006, todo o rebanho de Mato Grosso do Sul, em torno de 24 milhões de cabeças, já estará identificado, rastreado e certificado.