Questão social cresce entre as prioridades do BNDES

27/06/2003 - 20h55

Rio, 27/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Economico e Social (BNDES), Carlos Lessa, afirmou hoje que o banco está cada vez mais abrindo espaço e dando prioridade à questão social. "Há muito tempo que o banco tem no seu espaço de preocupações a questão social, e ela vem crescendo dentro da nossa agenda de prioridades. Um bom exemplo é que o banco assumiu, com caráter pioneiro, os aspectos ligados ao fortalecimento da pequena e média empresa no Brasil".

Ao lembrar o programa Fome Zero, lançado pelo presidente Lula no início do seu mandato, o presidente do BNDES disse que todo o esforço, tanto para garantir o alimento quanto para dar lazer e cultura à população são fundamentais para a garantia do crescimento do país. "Se conseguirmos alcançar a meta proposta pelo nosso presidente, a auto-estima brasileira dará um salto à frente, porque eu não acredito que a história seja feita apenas de objetividade econômica, mas também de vontade e de orgulho de ser. Resolvido esse problema, o do pão, tem que ser garantido o direito de lazer. Isso não é trivial, tem a ver com uma sociedade feliz."

Lessa citou o apoio que da instituição à recuperação de monumentos históricos brasileiros. O banco financiou a recuperação de 41 monumentos e, segundo ele, existem cerca de 20 em processo de aprovação. Um deles é o Teatro Municipal do Rio, que corre risco de perder suas pinturas, por causa de infiltrações na cobertura de cobre do teto.

Na produção cinematográfica, o banco já apoiou quase 154 filmes de curta metragem: 2/3 na de ficção e 1/3 de documentário. "É de grande importância que talentos possam surgir através desse patrocinio. Nosso edital será lançado no dia 7 de julho e até o dia 8 de agosto daremos a seleção, temos certeza que teremos muito mais projetos. Ele adiantou que o recurso destinado ao cinema será maior que o do ano passado, mas concordou que ainda não é o que setor precisa. "Nós queríamos fazer muito mais, porém é o que podemos nesse momento".