Ministros querem o desenvolvimento da pós-graduação e da ciência e tecnologia

27/06/2003 - 7h24

Brasília, 27/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - As principais ações de fomento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) estão sendo analisadas por uma comissão constituída pelos ministros da Educação, Cristovam Buarque, e da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral. Eles querem o desenvolvimento da pós-graduação e da ciência e tecnologia de forma integrada no País.

A primeira reunião da comissão foi realizada, na Capes, no segundo andar do anexo do prédio do MEC. Concessão de bolsas a recém-doutores; critérios para alocação das cotas de bolsas de mestrado e doutorado no País; programas de bolsas no exterior; e cooperação internacional e nacional são algumas das ações de fomento da Capes e do CNPq.

Além dessas ações, a comissão está discutindo assuntos como a reclassificação das áreas de conhecimento; estabelecimento da comunicação entre os bancos de dados das agências federais e das fundações de Amparo à Pesquisa; a evolução e o estado atual da pós-graduação no País; e a elaboração do IV Plano Nacional de Pós-Graduação. Os dois ministros indicaram os membros da comissão interministerial, por meio da Portaria nº 270, publicada em 22 de maio no Diário Oficial da União. A comissão terá subcomissões, relatores e deve concluir seu trabalho principal em 90 dias.

A intenção primeira é somar esforços entre a Capes e o CNPq. "Queremos trabalhar juntos para uniformizar as metas e o futuro da pós-graduação", explicou o presidente do CNPq, Erney Felício Plessmann de Camargo. Segundo ele, a sinalização do governo federal é no sentido de os dois ministérios trabalharem de forma coerente para o desenvolvimento regional do fomento da pós-graduação no País.

"Queremos que os cursos de pós-graduação do Norte, Nordeste e Centro-Oeste atinjam melhor nível de qualidade", explicou. Já o presidente da Capes, Jamil Cury, disse que os dois órgãos conjugarão esforços e apoio nas suas infra-estruturas. Lembrou que o estado tem forte papel indutor na área da pós-graduação e que é necessário dar diretrizes que responda às novas necessidades. Cury ressaltou que a comissão apresentará visibilidade nos seus trabalhos.

A comissão é formada por representantes da Capes, do CNPq, da comunidade acadêmica, da Associação Nacional de Pós-Graduação (ANPG), Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), Fórum de Pró-Reitores de Pós-Graduação (Foprop), Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Funcap) e da Sociedade Brasileira do Progresso para a Ciência (SBPC), dentre outros membros da comunidade científica.