Mercado de medicamentos passa a ter Câmara de Regulação e novos critérios de reajuste

27/06/2003 - 14h06

Brasília, 27/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - A criação da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e o estabelecimento de novos critérios de reajuste são os princiapis pontos da nova política de regulação de preços de medicamentos no país, anunciada hoje.
A câmara vai monitorar o setor, adotando medidas de regulação nos mercados em que identificar abuso de poder econômico, com autonomia, inclusive para determinar a entrada de produtos no mercado e definir os preços. Também será criada uma ouvidoria para receber denúncias sobre o setor farmacêutico. Além disso, o governo vai estimular o uso dos medicamrentos genéricos, intensificando a propaganda e criando uma lista de preços por sub-classe terapêutica.

A câmara terá o poder de criar, implementar e coordenar as atividades de regulação econômica do mercado famacêutico, com medidas estruturais de curto, médio e longo prazos. De acordo com os técnicos dos ministérios da Saúde, Fazenda e Justiça, que anunciaram hoje as novas regras, o objetivo do governo é promover o aumento da concorrência, da oferta de novos medicamentos, assim como fortalecer o poder de barganha dos compradores públicos.

Pelas novas regras, os laboratórios terão de informar à câmara as substâncias que compõem o medicamento, cópia da bula do produto, formas de apresentação em que o medicamento será apresentado e a análise técnica demonstrando as vantagens terapêuticas do produto. O novo órgão também vai verificar se o preço do produto informado tem referências nos mercados nacional ou internacional, de modo a detectar possíveis abusos nos valores cobrados. Se o governo considerar esses preços abusivos, o novo produto pode ser incluído na lista de medicamentos controlados.