Mais de 7 milhões de brasileiros tinham que deixar seus municípios para trabalhar ou estudar em 2000

27/06/2003 - 10h59

Rio, 27/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - Em 2000, quase 112 milhões de pessoas no Brasil trabalhavam ou estudavam e, destas, 7,4 milhões (6,7%) se deslocavam de seus municípios de residência para exercer estas funções. Este movimento foi maior na região Sudeste, com 55,9% da população. A migração concentrou-se nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, foi o município brasileiro com maior população em deslocamento, seguido de Nova Iguaçu, também no Rio, Osasco, em São Paulo, e a própria capital paulista. Amazonas e Distrito Federal tinham as mais baixas proporções por causa de suas características geográficas.

Os dados obtidos a partir do Censo Demográfico 2000 constam da publicação temática sobre Migração divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outros temas como Deficiência, Religião e Cor ou Raça, que também mereceram estudo mais aprofundado, estão sendo disponibilizados pelo Instituto.

As novas publicações temáticas do Censo revelam, por exemplo, que em 2000, nove milhões de pessoas portadoras de deficiência trabalhavam no Brasil, sendo que mais da metade ganhava até dois salários mínimos. Quanto à religião, os novos estudos confirmaram o aumento da religiosidade, conforme o avanço da idade e, em relação à cor ou raça, que a população 'amarela', de origem asiática, tinha a melhor escolaridade, a melhor média de anos de estudo e os melhores rendimentos.