São Paulo, 27/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse hoje, que o país vai chegar ao final do semestre com o movimento de exportações acima do projetado.
Segundo o ministro, a economia deve crescer em torno de 2% este ano, "e num mercado interno com taxa em zero ou abaixo de zero é inaceitável". Para tentar reverter este quadro, disse que está sendo discutido com vários setores soluções criativas para despertar este mercado. "Não podemos deixar vir um abatimento por esse clima de inverno que estamos passando, pois daqui a pouco vem a primavera e o verão e temos que estar prontos".
Ao comentar o bom desempenho do comércio exterior, disse que na comparação com o ano passado, há desvantagens como a taxa de câmbio, que, nominalmente, vai ficar abaixo da média do ano passado, e se descontada a inflação, a diferença é ainda maior.
O ministro Furlan disse que o trabalho da agência de promoção de exportação vai começar a produzir muitos resultados. Estão sendo investidos este ano algo em torno de US$ 60 milhões em promoção comercial e, no ano que vem, esse montante deverá ser aumentado. Uma das áreas que o país deverá explorar é a de venda de software, que se constitui no maior ítem de negociação com a Índia, que registrou crescimento de 100% no volume total de compra dos produtos brasileiros.
Lembrou também o comércio com a China, que saiu de sua posição de quarto lugar para segundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Nas relações com a Rússia, houve um avanço de 40% e as exportações para a Argentina estão sendo recuperadas na ordem de 80% em relação ao ano passado e até o final do ano deverão ser reabsorvidos pelo menos dois terços que foi perdido no ano passado, ou seja, US$ 2,7 bilhões.