São Paulo, 27/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - O economista Luiz Suzigan, da consultoria LCA, acredita que o aumento das tarifas de telefonia fixa não terá impacto sobre a inflação e, por isso, não haverá interferência nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetário (Copom). Ele estima que a taxa de juro seja reduzida em 2 pontos percentuais, em julho. Ele explica que o Copom analisa os preços livres. "Há espaço para o corte porque os preços livres estão tendo uma deflação", afirmou.
Ele lembrou que o aumentou previsto, pelo índice que corrige a tarifa, variava entre 25% e 27%, dentro do aumento médio de 25% autorizado pela Anatel para assinaturas residências e pulsos locais, itens que são levados em consideração na projeção de inflação.
Suzigan salientou que as companhias telefônicas estão se antecipando ao reajuste projetado para o ano que vem, em torno de 5%, em razão da queda da cotação do dólar. "Elas anteciparam as expectativas e estão se prevenindo".
Para o economista, o parcelamento do reajuste defendido pelo governo poderia ser um fator de alívio a curto prazo mas não em um período maior.