Campo Grande, 18/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Semana Nacional Antidrogas em Mato Grosso do Sul comecou hoje com diversas atividades, entre elas palestras, filmes e modalidades esportivas. De acordo com presidente do Conselho Estadual Antidrogas, Cel. Paulo Isoly, a família é o alvo principal das discussões em torno do problema. No entender das autoridades que lidam diretamente com o problema, a adolescência é a idade em que a maioria das pessoas tem contato com as drogas e desenvolve dependência. Daí, a importância dos pais na educação correta dos filhos para mantê-los longe das drogas.
Segundo as autoridades que participaram da abertura oficial da Semana, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, a escola também exerce papel importante no processo, desde que a metodologia de ensino se proponha a formar cidadãos completos, aptos para a vida e seus desafios. Acrescentam que a comunidade tem muito a ajudar, criando ambientes saudáveis em que os jovens possam se desenvolver com equilíbrio. A coordenadora de Medidas de Defesa de Direitos da Secretaria de Estado de Trabalho, Assistência Social e Economia Solidária, Erthel Sturm, alerta, no entanto, que "essas etapas não surtem o efeito desejado, caso a família gracasse". Ressalta que a tarefa dos pais não é fácil, mas lembra que uma criança educada de maneira correta desenvolve um antídoto contra as drogas. A receita é dar amor, carinho, respeito, proteção e bons exemplos. Não pode faltar nenhum desses ingredientes e todos devem ser administrados em doses equilibradas, observa a técnica.
"É importante que os pais dêem e exijam respeito, estabeleçam limites para a criança se orientar, como o horário para brincar, estudar e dormir." Desde pequena, a criança tem que
ser estimulada a lidar com dificuldades, ter tolerância, ser solidária, cultivar sonhos e exercer a cidadania. Delegar afazeres domésticos, como ajudar na faxina da casa ou a lavar o carro faz com que a criança desenvolva o senso de responsabilidade. Para completar, o diálogo aberto e franco e a vigilância constantes, ouvindo mais do que falando. "Os pais precisam ouvir o que os filhos têm a dizer sobre seus sonhos, dúvidas, alegrias e angústias; mostrar-lhes que o mais importante na vida não é ter algo de valor, mas sim, ser alguém de valor; devem conhecer os amigos dos filhos e os lugares que eles freqüentam, acompanhar a vida escolar e incentivá-los
a estudar, participar de atividades culturais e esportivas."
Com esses cuidados, observa a educadora, os pais estarão formando cidadãos íntegros, solidários e completos, que não serão atraídos para o mundo ilusório das drogas.
"Não havendo quem consumir, fatalmente o tráfico de drogas desaparecerá" completou Sturn.
