Brasília, 18/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - A redução da taxa de juros em meio ponto percentual, decidida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), dividiu as opiniões dos parlamentares - inclusive os da base governista. O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), disse que o Banco Central não poderia reduzir muito a taxa de juros agora, sob pena de ter que aumentá-la nos próximos meses. "Todas as projeções da inflação apontam para uma queda maior, o que vai permitir em breve uma queda sustentada dos juros", afirmou o senador paulista. O primeiro vice-presidente do Senado - e também petista - Paulo Paim (RS), classificou a redução da taxa Selic em 0,5 ponto percentual de "insignificante". Paim esperava uma queda maior. O líder do PSDB no Senado Arthur Virgílio (AM), ironizou a decisão do Copom. "É o mesmo que um paciente pulando do 38º andar. Agora, ele está pulando do 25º, mas vai morrer do mesmo jeito".