Assunção (Paraguai), 18/06/2003 (Agência Brasil - ABr) - O presidente eleito do Paraguai, Nicanor Duarte, correspondeu às expectativas e fez, há pouco, uma ampla defesa do Mercosul como forma de garantir maior competitividade ao bloco econômico frente aos desafios das diferenças regionais entre os países. Duarte, que toma posse, em agosto, disse que os países da América do Sul devem se unir para "fazer frente ao processo de globalização que quer reduzir os valores mais preciosos do mundo". Na opinião do presidente eleito, chegou a hora de os latino-americanos voltarem às suas raízes para tornarem o Mercosul um bloco econômico competitivo e justo. "É obrigação e dever dos líderes valorizar a construção de um bem comum dos interesses dos nossos povos", enfatizou.
Nicanor Duarte defendeu um Mercosul mais político, e disse que os chefes-de-Estado do bloco econômico precisam passar "das palavras às ações". E completou: "hoje estamos mais unidos do que nunca. Temos as mesmas desigualdades e sonhos que os países maiores".
O presidente eleito terá quatro anos de mandato, assim como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Néstor Kirchner, da Argentina, para tentar colocar em prática o processo de fortalecimento do Mercosul. O fato de três novos presidentes estarem dispostos a integrar e dar mais força ao bloco econômico deixou os participantes da XXIV reunião de Cúpula mais otimistas quanto ao futuro do Mercosul.
O presidente Lula participa do encontro e, depois de Néstor Kirchner, fará seu pronunciamento durante a reunião.