São Paulo, 18/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - A queda na taxa Selic (taxa básica de juros da economia) de 26,5% para 26% ao ano representa um passo na direção certa e terá efeito sobre a confiança dos consumidores e investidores, mas é pequena para resgatar a "trajetória descendente" da economia. A análise é do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Horácio Lafer Piva.
Em nota divulgada à imprensa, ele afirma que "para que o ganho de confiança se traduza em mais gastos, é preciso desobstruir o canal do crédito. Sem isso, o alento para a atividade econômica será mínimo ou imperceptível. É por isso que esperávamos redução das alíquotas de recolhimento compulsório já nesta reunião do COPOM. Principalmente as alíquotas sobre os depósitos à vista."
Segundo Piva, é preciso que o Banco Central insista na meta estabelecida para o ano de 2004. "Somente assim a autoridade monetária pode aproximar seu horizonte do horizonte da produção. Mais do que isso, essa é a única forma de cumprir o compromisso assumido pelo BC, no início deste ano, de fazer convergir os índices correntes de inflação às metas em 24 meses. Ficar preso a uma visão de curto prazo é penalizar mais quem mobiliza o seu capital e pensa mais longe: o setor produtivo do nosso país", conclui no documento.