Senador Cunha Lima diz no Supremo que não premeditou crime contra Buriti

09/12/2002 - 18h44

Brasília, 9/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - O senador Ronaldo Cunha Lima (PSDB/PB), foi interrogado hoje pela manhã, no Supremo Tribunal Federal, quando prestou informações sobre os dois tiros que disparou, em dezembro 1993, contra o ex-governador Tarcísio de Miranda Buriti. Na época, Cunha Lima era o governador da Paraíba. No interrogatório de hoje, tomado pelo ministro-relator, Moreira Alves, Cunha Lima admitiu que era inimigo pessoal da vítima e que oferecia restrições a duas testemunhas de Tarcisio Buriti no processo: Marconi Góes e Valdir dos Santos Lima, por também serem inimigos pessoais e estarem em litígio na ação por crime contra a honra que o senador paraibano move contra eles.

Ele negou que a tentativa de homicídio de que é acusado tenha sido premeditada e que o ocorrido foi conseqüência das difamações, agressões morais e ameaças que ele e sua família vinham sofrendo do ex-governador Buriti. O parlamentar lembrou ainda que, por diversas ocasiões, antes do crime, o ex-governador utilizava o programa de rádio de um "falso" padre Júlio, que disparava palavrões e mentiras contra ele e sua família. O próprio Tarcísio Buriti, segundo o senador, ameaçava-o de morte entre os amigos. "Ele dizia que onde me encontrasse atiraria em mim e que treinava tiro ao alvo com a minha fotografia na Academia de Polícia Militar".