Rio, 9/12/2002 (Agência Brasil - ABr) – O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio de Janeiro (Sinduscon-RJ), Roberto Kauffmann, disse hoje que acredita num combate efetivo ao déficit habitacional brasileiro pelo futuro governo do PT. Segundo Kauffmann, que toma posse hoje à noite para mais um mandato de dois anos, o déficit atual é hoje de cerca de 6,6 milhões de moradias. Em entrevista à Agência Brasil, Kauffmann disse que 4,5 milhões do déficit estão concentrados na faixa de baixa renda (pessoas que ganham até 3 salários mínimos por mês). Ele disse, entretanto, que, apesar da boa vontade do novo governo, não tem dúvida de que o déficit só será resolvido num prazo de 10 a 12 anos.
Com os R$ 5 bilhões de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o setor da construção em 2003, Kauffmann estima que poderão ser construídas de 400 mil a 500 mil habitações para a população de baixa renda. Em 2002, enquanto o México apresenta 500 mil habitações construídas no país, o Brasil deve alcançar apenas 50 mil, informou Kauffmann. Somando os recursos do FGTS e da caderneta de poupança (R$ 12 bilhões), estima-se que possam ser criados 800 mil empregos não qualificados na construção civil no próximo ano.