Rio, 9/12/2002 (Agência Brasil - ABr) – O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-RJ), Roberto Kauffmann, considerou "absurdo" destinar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) à aplicação em bolsa, sugerida pela Bovespa ao governo eleito. Kauffmann disse à Agência Brasil que o dinheiro do Fundo destina-se, por lei, exclusivamente às áreas de habitação e saneamento básico e não há por que depositar uma parte desses recursos em conta separada para que os trabalhadores comprem ações.

Segundo ele, ao contrário das recentes operações de pulverização do capital da Petrobras, Vale do Rio Doce e Banco do Brasil, que dão mais liquidez ao Fundo e permitem a troca dos títulos por dinheiro ao final de um prazo estabelecido, "o que a Bovespa quer é captar 12,5% de todos os depósitos para compra de ações primárias para financiar empresas. Isso não dá garantia aos empregados. Quem financia empresas no Brasil é o BNDES", afirmou.