Brasília, 9/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - O coordenador do Programa Diversidade na Universidade, da Secretaria de Educação Média e Tecnológica do MEC, Dojival Vieira, faz , neste momento, no Ministério da Educação, um balanço dos três meses de implantação do programa, que busca favorecer o ingresso e a permanência da população socialmente desfavorecida como afro-decendentes, indígenas ou carentes, na universidade. Segundo ele, o programa tem obtido êxito.

Dojival explica que " o Brasil é a segunda maior nação negra do mundo, com 45,3% da sua população composta de afro-descendentes, negros ou pardos. E somente 2% dessa população frequenta a universidade. Esses dados do IBGE e do IPEA revelam que o processo de discriminação contra o povo negro tem uma face oculta e perversa", destaca, observando que o salário do negro é 50% menor que o dos brancos; que eles têm 2 a 3 anos menos de estudo que os brancos, e que morrem antes, pelas péssimas condições de vida e moradia, entre outros fatores. O programa tem duração de 3 anos, sendo financiado com US$ 5 milhões do BID e US$ 4 milhões do Tesouro Nacional. No total, serão atendidos de 20 a 30 mil estudantes do ensino fundamental em nove estados brasileiros.

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