Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O subsecretrário de Defesa Civil do Rio, Márcio Motta disse hoje (12) que o órgão está investigando as causas que provocaram o alagamento na região de Irajá, zona norte da capital fluminense. De acordo com Motta, as localidades do entorno sempre registraram bolsões de água devido as fortes chuvas. No entanto, ele admitiu que dessa vez houve demora no escoamento do Rio Acarí, que corta vários bairros da zona norte da cidade.
"O rio permaneceu bem alto mesmo após a chuva forte. Estamos ainda investigando, mas achamos que a questão da Baixada Fluminense estar com os níveis dos rios bastante altos, e muitos deles tendo que passar pelo município do Rio até desaguar na Baía de Guanabara, pode ser um dos motivos que provocaram esse alagamento todo", disse o subsecretário. Ele ressaltou que a Defesa Civil recebeu cerca de 600 solicitações para atendimento.
"Boa parte dessas ocorrências já foram atendidas e esperamos atender a todas. Os bairros da zona norte foram os mais afetados, pois existem muitos complexos com áreas de encostas que chamam atenção pelas suas características geográficas, pela sua declividade e onde os sistemas de alarmes foram acionados", acrescentou o subsecretário.
Ontem também foi difícil para quem tentou utilizar o transporte público na cidade. As principais vias expressas da cidade foram alagadas e muitas pessoas ficaram presas no trânsito, sem conseguir chegar em seus locais de trabalho. O diretor da SuperVia, concessionária que administra o serviço de trens no Rio, Thiago Nery, disse que técnicos trabalharam durante a madrugada para restabelecer o serviço nas estações de São Francisco Xavier e de Olaria, ambas na zona norte, que tiveram suas atividades interrompidas em decorrência do temporal.
"Nós enfrentamos muitas dificuldades nas regiões de Bonsucesso, Manguinhos e Pavuna, na zona norte, e também em São João de Meriti, Queimados e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Isso nos levou a interromper a circulação dos dois ramais da Supervia, Belford Roxo e Saracuruna, durante seis horas, no período da manhã. Após a chuva, nós trabalhamos com o escoamento dessa água e agora pela manhã todo o serviço funciona normalmente", disse Nery.
Quem passou pela Via Binário, construída para desafogar o tráfego durante o processo de substituição do Elevado da Perimetral, na zona portuária da cidade, também enfrentou alagamento por causa da chuva. Segundo o diretor da concessionária Porto Novo, que administra a Via Binário, José Renato Pontes, o incidente ocorreu porque o sistema de drenagem da via ainda não está pronto e a capacidade de bombeamento instalada não foi suficiente.
Edição: Marcos Chagas
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. É necessário apenas dar crédito à Agência Brasil