Equipes do Inea estão de plantão para atender a vítimas da chuva no Rio

11/12/2013 - 21h28

Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) colocou em prontidão todas as suas equipes que atuam em operações de emergência de prontidão para atender aos municípios afetados pelas chuvas desta madrugada no Rio de Janeiro. Em Japeri, na Baixada Fluminense, onde o Inea mantinha operação desde a tempestade da quinta-feira passada (5), revoltados com as inundações, moradores atearam fogo a uma das máquinas, prejudicando o socorro às vítimas.

Segundo a presidenta do Inea, Marilene Ramos, todas as equipes especializadas em situações de emergência estão mobilizadas e fazem vistorias nos municípios mais afetados. Oito escavadeiras e 30 caminhões foram disponibilizadas para atender aos municípios de Queimados, Japeri, Nova Iguaçu e Belford Roxo.

Nas últimas 24 horas, o índice pluviométrico na região alcançou 178 milímetros (mm), quando o previsto para o período de um mês era 240 mm. Se não fosse pelas intervenções do Projeto Iguaçu, os prejuízos seriam ainda maiores, disse Marilene.

Equipes do Inea percorrem os bairros desses municípios para verificar possíveis pontos de estrangulamento dos principais rios drenadores da região. A estação de bombeamento instalada no Lote 15, em Berford Roxo, entrou em operação em virtude do grande volume de água acumulado no Outeiro. A estação é composta por cinco bombas importadas da Suécia, com capacidade para drenar 7.200 litros por segundo.

De acordo com Marilene, a estação tem a função de retirar o excesso de água da área alagável do Pôlder do Outeiro, extravasando para o Rio Iguaçu, de modo a evitar inundações na área do Lote 15, em caso de chuvas intensas. "Na região, foi construída ainda a Estação do Pilar e há sistemas de comportas que evitam a invasão das áreas baixas pelas águas dos rios Botas e Iguaçu."

Durante períodos de chuva intensa, o volume de água dos rios aumenta e pode extravasar das calhas. Por isso, as margens de rios precisam estar desobstruídas para expansão dos leitos quando da ocorrência de tempestades. Esta é a meta do Projeto Iguaçu, explicou Marilene.

Ela informou que o governo estadual já investiu R$ 440 milhões na Baixada Fluminense. "Reassentamos mais de 3 mil famílias que viviam em áreas de risco de inundação. Com o avanço das intervenções, nos últimos anos, não estão sendo registradas grandes tragédias na região, como as que historicamente ocorriam em todo verão. As obras de macrodrenagem do Rio Iguaçu, no bairro Pilar, em Caxias, evitou que os estragos fossem maiores. O Rio Botas, em Belford Roxo, no bairro São Bernardo, transbordou, alagando a via marginal direita do rio, mas não avançou para as casas vizinhas", disse a presidenta do Inea.

Edição: Nádia Franco

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