Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ex-ministro dos Transportes Paulo Sérgio Passos assumiu hoje (3) a presidência da Empresa de Planejamento e Logística (EPL). Ele substitui Bernardo Figueiredo, que estava à frente da EPL desde criação da empresa, em agosto do ano passado. Figueiredo diz que deixou o cargo para assumir projetos pessoais.
“Minha parte foi concluída, por isso estou deixando a empresa e estou deixando nas melhores mãos possíveis. Ninguém é mais capaz de entender os objetivos da EPL e conduzi-los daqui para a frente do que o Paulo Sérgio”, disse hoje Figueiredo, em conversa com jornalistas. Segundo Bernardo, Passos conhece profundamente a área de transportes e sempre foi um defensor da criação de uma empresa para cuidar da área de planejamento no governo.
Ao se despedir, Figueiredo minimizou os atrasos nas concessões previstas no Programa de Investimentos em Logística (PIL) do governo federal. Segundo ele, as licitações de ferrovias e rodovias vão deslanchar no próximo ano, junto com uma “nova onda” que será lançada. “Achar ruim, criticar o governo por demorar a contratar o PIL é importante porque mantém a pressão no governo, mas não é isso que resolve o problema.” Ele avalia que, a partir do próximo ano, os leilões de rodovias e ferrovias deverão contar com a participação de empresas estrangeiras.
Passos deixou o Ministério dos Transportes em abril deste ano. Ele estava cotado para assumir a diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), mas a indicação foi retirada de pauta pelo governo no dia da votação na Comissão de Infraestrutura do Senado. Ele destacou a importância estratégica da EPL para as decisões de governo. “É um instrumento imprescindível porque é a forma que o governo deve utilizar para trabalhar a identificação e as necessidades que o país tem no campo de transportes e logística e a melhor forma de estruturar projetos e dar as respostas”.
O novo presidente da EPL disse que espera sucesso nos próximos leilões de rodovias que serão promovidos pelo governo. “Progressivamente vamos perceber qual o apetite e disposição dos diversos grupos, não tenho dúvida de que vamos ter sucesso nos leilões”, disse Passos. Segundo ele, nos casos em que fica evidenciado que a tarifa será muito elevada, o governo poderá reavaliar o trecho a ser licitado.
Antes de assumir a presidência da EPL, Bernardo Figueiredo teve sua recondução à diretoria-geral da ANTT rejeitada no Senado. Entre as atribuições da EPL estão a coordenação do Programa de Investimento e Logística e do trem de alta velocidade (TAV).
Edição: Juliana Andrade
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