Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Brasil “está saindo bem na foto”, disse hoje (26) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, após reunião com a Diretoria Executiva da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Mantega usou a expressão para destacar que o crescimento brasileiro está “um pouco melhor" do que o de boa parte dos demais países e com trajetória de recuperação.
Acompanhado do presidente da CNI, Robson Braga, o ministro ressaltou que o cenário global não ajudou o Brasil. Foi ruim e prejudicou sobretudo o setor industrial, que depende muito do comércio internacional. “A indústria terá crescimento razoável neste ano, mas ainda deixa a desejar. Queremos mais e estamos neste caminho. O investimento está sendo muito bom, com crescimento de até 6% em comparação ao do ano anterior, e vai ser dinamizado pelas concessões que estão se realizando”, acrescentou Mantega.
O ministro destacou a importância da viabilização de concessões como as dos aeroportos de Brasília e de Campinas e Guarulhos, em São Paulo. Mantega citou também o Campo de Libra, no pré-sal, além de um trecho da BR-163 em Mato Grosso, cujo leilão está previsto para amanhã (27). “O Brasil tem projetos atraentes para apresentar aos investidores, e eles estão vindo. Continuarão vindo para viabilizar o programa de concessões. E, até o final do ano, teremos mais duas ou três estradas.”
De acordo com o ministro, até o final do ano, deve sair a 12ª rodada de gás de 2013. "O Brasil tem gás de xisto e poderá promover investimentos e, além disso, temos feito várias concessões na área de energia". Segundo Mantega, as concessões que não forem concretizadas neste ano ficarão para o próximo. "Vamos começar o ano realizando novos leilões de concessões de modo que, até o final de 2014, elas já estejam produzindo investimento no pais". Ele enfatizou que as concessões serão o principal polo de atração do investidor e de crescimento da economia brasileira nos próximo anos.
Mantega ressaltou ainda a recuperação do comércio varejista e o bom nível de emprego, com expectativa de recuperação da massa salarial e do consumo. Sobre a agricultura, o ministro disse que o setor continua bem. “Podermos fechar o ano com um desempenho razoável e com o cenário mudando para melhor.”
Edição: Nádia Franco
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