Monumento de Zumbi no Rio sofre sexta agressão em um ano

18/11/2013 - 20h16

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Às vésperas das comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra, o monumento em homenagem a Zumbi dos Palmares, instalado na Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio de Janeiro, voltou a ser alvo de vandalismo hoje (18).

A Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (Seconserva), por meio da Gerência de Monumentos e Chafarizes, solicitou ao Centro de Operações Rio o registro das imagens das gravações dos atos de vandalismo desta madrugada para repassá-las à Polícia Civil, a fim de que o órgão investigue e localize os autores da ação. O caso foi registrado na 4ª Delegacia Policial (DP Centro).

As equipes da Gerência de Monumentos e Chafarizes já providenciaram os serviços de limpeza de pichações e pintura do pedestal. É a sexta agressão ao monumento a Zumbi este ano. As anteriores ocorreram nos meses de março, maio, junho (duas) e agosto. No ano passado, a escultura foi pichada uma vez. Em 2003, segundo a Seconserva, o monumento a Zumbi chegou a ser pichado 23 vezes.

O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado, no Brasil, em 20 de novembro, desde a década de 1960, e é dedicado à reflexão sobre a importância do negro na sociedade brasileira e à luta contra o preconceito racial. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Zumbi foi líder do Quilombo dos Palmares, sendo apontado como herói da resistência antiescravagista.

Em homenagem ao Dia Nacional da Consciência Negra, a Galeria Scenarium, localizada na Rua do Lavradio, no centro cultural da cidade, traz de volta ao Rio a exposição Hereros – Pastores Ancestrales de Angola. A mostra revela, em 83 fotografias de autoria de Sérgio Guerra, o cotidiano do mais antigo grupo étnico africano, os Hereros.

Com curadoria de Emanoel Araujo, a exposição foi conferida por mais de 200 mil pessoas no ano passado, no Brasil e no exterior. A mostra permanecerá na Galeria Scenarium até o dia 20 de dezembro, com entrada gratuita. As fotografias estarão à venda no local.

Um dos destaques do evento é uma peça de bronze que representa Óoni, o rei de Ifê, cidade no Sudoeste da Nigéria. A cabeça é uma réplica da coleção de 13 esculturas expostas no British Museum, em Londres, Inglaterra, datadas do século 13 e encontradas nos anos 1960, em Ifê, cidade da Nigéria considerada sagrada pelo povo Ioruba por ser o berço lendário da humanidade. Ifê foi fundada Ogum, filho do deus Odudua.

Edição: Lana Cristina

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