Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro aprovou hoje (6) projeto de lei que tomba, por interesse educacional e social, a Escola Municipal Friedenreich, instalada no Complexo do Maracanã. O projeto é de autoria conjunta dos vereadores Carlo Caiado (DEM), Leonel Brizola Neto (PDT), Reimont (PT), Tio Carlos (SDD) e do ex-vereador Eider Dantas (DEM).
Em decorrência do tombamento fica vedada, além da demolição da edificação, a transferência definitiva de suas atividades educacionais. A Escola Friedenriech funciona há mais de 40 anos no Complexo Esportivo do Maracanã e abriga cerca de 300 crianças autistas, com Síndrome de Down e tem toda acessibilidade para os alunos. Além disso, os estudantes da escola estão inseridos no projeto de natação do Parque Aquático Julio de Lamare, que funciona no mesmo lugar e melhoram muito a sua condição motora e física.
A escola é uma das mais conceituadas do município do Rio, com profissionais qualificados e tem a participação ativa da comunidade, não só a escolar representada por alunos, professores e pais, mas também pelos vizinhos do bairro do Maracanã. O projeto passará pelo prefeito Eduardo Paes, que deverá sancionar a lei, pois tinha publicado decreto, em 12 de agosto, tombando de forma provisória a escola.
Com as obras de reforma do Estádio Mário Filho, o Maracanã, para a Copa do Mundo de 2014, o governador Sérgio Cabral anunciou que a escola seria demolida junto com o Estádio Célio de Barros, o Parque Aquático Julio De Lamare e também o Museu do Índio, que fica no entorno do estádio.
As manifestações de rua de junho deste ano acabaram por desfazer o antigo projeto de demolição da escola e dos demais prédios do Complexo do Maracanã e, em agosto último, o governador descartou a possibilidade de demolição do Parque Aquático Julio de Lamare e da Escola Municipal Friedenreich para a construção de um estacionamento no local com capacidade para 2 mil veículos, além da previsão de um shopping center no local. Em outra medida, o governador também anunciou que o prédio não seria mais demolido.
Edição: Fábio Massalli
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