Encontro de negócios do Festival do Rio reúne produtores e profissionais do mercado audiovisual

27/09/2013 - 23h59

Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O RioMarket, a área de negócios do Festival do Rio, foi aberto hoje (27), no Armazém da Utopia, na zona portuária do Rio, com a Mostra Porta dos Fundos, um coletivo de humor criado por Antonio Tabet, Fábio Porchat, Gregório Duvivier, Ian SBF e João Vicente de Castro que produz dois esquetes por semana veiculados na internet.

Durante os 13 dias do encontro, produtores e profissionais do mercado audiovisual vão discutir as atividades do setor e poderão comercializar novos projetos. “O RioMarket é a oportunidade do produtor e de outros profissionais do segmento de ficar por dentro do que há de mais moderno e inovador na indústria mundial. Além disso, durante as rodadas de negócios, os produtores cariocas e brasileiros terão a oportunidade de mostrar sua produção para os principais compradores e canais de TV”, disse a diretora do RioMarket, Walkiria Barbosa.

A expectativa dos organizadores é receber durante o encontro mais de mil pessoas com uma programação que inclui 40 mesas de debates, 12 workshops e 600 salas de reuniões de negócios, entre atividades pagas e gratuitas.

Nas Rodadas de Negócios, produtores, distribuidores, programadores e agentes nacionais e internacionais, das áreas de cinema, televisão e mídias digitais da indústria do audiovisual terão espaço para fazer encontros em separado, trocar informações sobre os projetos e negociar programas.

O gerente de Marketing e Projetos do Canal Brasil, André Saddy, disse que no ano passado o canal de TV por assinatura conseguiu fechar duas parcerias - a coprodução do longa A Linha Fria do Horizonte, que virou uma série de cinco episódios; e do longa Mão na Luva, que está concorrendo no Festival do Rio deste ano. “A gente fechou concretamente nestas rodadas duas coproduções, mas tem um outro lado do RioMarket, que é o de relacionamento e que é fundamental para a gente se conhecer profissionalmente, os canais, as produtoras, os convidados de fora. Esse lado do relacionamento é tão importante quanto os negócios que a gente fecha no encontro”, avaliou o executivo. 

Paula Schitine uma das sócias da produtora independente Arteira Filmes, contou que participou no ano passado com dois projetos, o primeiro era de um programa infantil que depois não se desenvolveu e o outro chegou a ser acertado com uma produtora maior, mas ela resolveu não continuar, porque teria que fazer algumas alterações no projeto. Para este ano, Paula está otimista e acha que valeu a pena ter participado no ano passado para aumentar a experiência de fazer negócios. “Nós nos preparamos melhor. A gente está indo mais preparada para conversar com os executivos, inclusive com o orçamento dos programas que eles pedem. Eles pedem roteiros. Então a experiência do ano passado serviu para gente se aprimorar. A gente conseguiu fazer inscrições de encontros com canais que têm mais a ver com a gente”, revelou.

A diretora do RioMarket, Walkiria Barbosa, disse que não é possível avaliar quanto os negócios movimentam. “Como qualquer área de negócios de um grande festival, o RioMarket não tem acesso aos números de volume de negócios gerados, pois são informações sigilosas. O que podemos adiantar é que se espera um número maior do que o ano passado, quando foram feitas 650 rodadas de negócios. Ano passado, em dois dias acabaram as inscrições para rodadas extras. O evento teve que abrir mais rodadas de negócios para atender a todo mundo”, explicou.

A programação do RioSeminars está dividida em quatro grupos: Fórum Internacional de Coprodução, Oportunidades com Canais de TV, Future Zone e Mercado Brasileiro. Este ano, o evento inclui ainda, o RioMarket Jovem, encontro que vai fazer treinamento gratuito de jovens de 16 a 21 anos de comunidades do Rio de Janeiro interessados no mercado audiovisual.

Edição: Fábio Massalli

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