Alex Rodrigues
Repórter Agência Brasil
Brasília – Os 34 agentes da Força Nacional que chegaram a Goiânia no último final de semana começam hoje (9) a ajudar a Polícia Civil de Goiás a tentar esclarecer os milhares de crimes ainda não solucionados pelas autoridades locais. Segundo o governo estadual, ao menos 2,9 mil inquéritos relativos a crimes ocorridos em todo o estado até 2008 ainda não foram esclarecidos.
De acordo com o governo goiano, os quatro delegados, 22 agentes e oito escrivães da Força Nacional vão apurar os crimes antigos, em especial os registrados na região metropolitana de Goiânia. Com isso, a Polícia Civil poderá se dedicar à investigação dos crimes mais recentes.
O efetivo enviado a pedido do governo estadual é formado por profissionais cedidos por polícias civis de todo o país e já possuem experiência na apuração de crimes. Vinte e três agentes vão atuar em Goiânia. Os outros 11 vão se concentrar na região de Rio Verde, a cerca de 230 quilômetros de Goiânia.
Ao informar que a cooperação com o governo federal será necessária até pelo menos janeiro de 2014, quando servidores já aprovados em concursos públicos serão admitidos, a Secretaria Estadual de Segurança Pública mencionou que o número de casos não esclarecidos é resultante de “uma época em que as delegacias goianas careciam de estrutura”.
A expectativa, segundo a secretaria estadual, é que a Polícia Civil receba mais de 700 policiais que já participam do curso de formação.
Publicada no Diário Oficial da União do último dia 3, a portaria com que o Ministério da Justiça autorizou o emprego da tropa especial sob a supervisão dos órgãos de segurança pública goianos prevê que os agentes permanecerão no estado por pelo menos 90 dias - prazo que pode ser prorrogado caso o governo goiano ache necessário.
No mesmo dia em que divulgou a autorização de envio do efetivo para Goiás, o Ministério da Justiça publicou a Portaria 2.438, que prorrogou por mais 180 dias o prazo de permanência da Força Nacional no entorno do Distrito Federal, onde a tropa especial participa da Operação Cerrado, deflagrada em 2012. Além do policiamento ostensivo, os agentes da força especial cumprem mandados de prisão, busca e apreensão, além de montarem barreiras policiais.
Edição: Davi Oliveira
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