Rio: Comando Militar disse que tumulto com manifestantes não prejudicou desfile do 7 de Setembro

07/09/2013 - 16h19

Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Polícia do Exército e o Batalhão de Guarda do Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar Leste (CML), participaram do esquema de segurança da área do desfile de 7 de Setembro, no centro do Rio. Segundo o assessor de imprensa do CML, coronel Roberto Itamar, foram mobilizados 2.200 homens. Duzentos deles ficaram responsáveis pelo pelotão de isolamento perto da cerca que separava o local destinado ao público e aos sete módulos de arquibancadas.

Esse pelotão também atuou durante o confronto entre um grupo de manifestantes vestidos de preto e policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM). O coronel informou que a ação já estava prevista no esquema de segurança montado pelas Forças Armadas para evitar qualquer tipo de violência contra os participantes do desfile.

“Nós estávamos preparados para qualquer agressão à tropa de desfile e foi o que fizemos. Quando houve a ameaça a tropa do Exército fizemos o cordão de isolamento e o desfile prosseguiu sem maior consequência para o desfile. Só é lamentável que as pessoas se manifestaram violentamente e não tenham compreendido que estávamos comemorando uma festa para o país e que ali estavam famílias”, comentou.

O coronel informou que o esquema de proteção foi acionado no momento em que os manifestantes invadiram a pista onde estava o público e começaram a lançar bombas. “As primeiras bombas foram lançadas pelos manifestantes. O Batalhão de Choque atuou na maneira deles de agir”, comentou.

Enquanto manifestantes reclamavam da atuação do Batalhão de Choque, uma família que veio de Bangu, na zona oeste do Rio, dizia que houve violência também entre os integrantes do protesto. “Vim de Bangu para ver o desfile pela primeira vez e eles vêm fazer essa baderna? Teve correria, gente com máscara na cara. Muita gente teve que pular a cerca”, disse Débora Duarte. O tio dela, Marco Antônio Lopes, que tem problemas de locomoção causados por um acidente de carro disse que passou por momentos difíceis. “Foi um bombeiro que me ajudou a sair daqui”, contou.

O assessor de imprensa do CML disse que os homens do Exército que fizeram parte do pelotão de isolamento não estavam armados e ninguém da tropa saiu ferido. Todo o esquema foi controlado no centro de operações montado na sede do Comando Militar. “Incluía integrantes de todos os órgãos. Polícia Militar e Forças Armadas. Teve ligação com o Centro de Operações da Prefeitura”, disse.

De acordo com o coronel, pelos cálculos da Polícia Militar, pelo menos 1.700 pessoas estavam naquela parte da pista da Avenida Presidente Vargas, onde houve o desfile. Mas ao longo da Avenida Presidente Vargas os cálculos eram de 3 mil pessoas, incluindo as que estavam assistindo ao desfile próximo do palanque montado no Panteão de Caxias, em frente ao Comando Militar do Leste.

Edição: Marcos Chagas

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