Preocupação com manifestações reduz público na Esplanada

07/09/2013 - 10h43

Mariana Tokarnia
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Mesmo com grande público, ainda há lugares nas arquibancadas da Esplanada dos Ministérios, montadas para o desfile do Dia da Independência. Se no ano passado havia fila para ter acesso aos lugares, neste ano é possível assistir ao desfile sentado. Quem foi para a Esplanada dos Ministérios acredita que as notícias das manifestações assustaram a população, já que são esperadas 50 mil pessoas nos protestos durante todo o sábado. O Exército, responsável pela área do desfile, e a Polícia Militar do Distrito Federal ainda não têm uma estimativa de quantas pessoas estão no local.

Liney Ney Oliveira, de 81 anos, não deixou de ir. Na semana, fez uma cirurgia nos olhos, a médica recomendou cuidado, mas ela, que veio para Brasília acompanhando o marido, que integrou o Regime de Cavalaria de Guarda na fundação da cidade, não poderia perder o desfile. "É sempre bom. Eu filmo e depois revejo em casa com as minhas amigas", diz.

O marido de Liney, Edson Oliveira, de 82 anos, acordou cedo para ver o desfile. O filho do casal, Sérgio Ney, de 53 anos, tomou algumas precauções, estacionou o carro o mais próximo possível, para proteger os pais em caso de tumulto.

Bárbara tem 7 anos e foi ver a parada pela primeira vez com os pais. Ela mora em Planaltina. Acordou cedo e se dirigiu à Esplanada, atraída por uma aula que teve na escola. "Eu ainda não conhecia", diz com um sorriso.

Apesar de estar ventando e de não fazer muito calor, o Exército recomenda que as pessoas bebam água e se alimentem, por causa da seca. Em toda a extensão do desfile foram montados 14 postos de atendimento básico. O Exército está preparado para medir a pressão e a glicose. Há também camas para repouso. Ambulâncias estão a postos para problemas mais graves.

Edição: Graça Adjuto

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir o material é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil