Manifestantes entram em confronto com a polícia em Belo Horizonte

22/06/2013 - 20h18

Luciene Cruz*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O protesto que tomou conta de Minas Gerais hoje (22) acabou em confronto da polícia com manifestantes. Policiais da cavalaria usaram spray de pimenta e bombas de efeito moral para dispersar a multidão, que chegou a cerca de 66 mil pessoas, segundo estimativa da PM.

A manifestação ocorre do lado de fora do Mineirão, onde houve o jogo entre Japão e México, pela Copa das Confederações. O protesto transcorria em clima pacífico até que chegaram ao limite estabelecido pelo cordão de isolamento da PM próximo ao estádio. O confronto começou quando manifestantes atiraram pedras na direção dos policiais.

A saída do estádio Mineirão está complicada por causa do confronto entre a PM e manifestantes. Os torcedores têm dificuldades para deixar o local e ingressar nos terminais de ônibus.

A situação ficou fora de controle na Avenida Antônio Carlos, esquina da Avenida Abraão Caram. Alguns manifestantes colocaram fogo em objetos, depredaram e saquearam uma concessionária localizada na avenida.

Os manifestantes se reuniram na Praça 7, no centro de Belo Horizonte, desde as 10h da manhã. O evento foi organizado principalmente por meio das redes sociais.

O protesto de hoje é o sétimo realizado na capital e há uma série de reivindicações que inclui passe livre no transporte coletivo, melhoria na saúde e educação, pedidos para a saída do senador Renan Calheiros da Presidência do Senado e repúdio à Proposta de Emenda Constitucional 37/2011, a chamada PEC 37, que limita o poder de investigação do Ministério Público.

Segundo o advogado Thiago Coacci, que participa das manifestações, “esse foi o pior confronto entre os protestos que fizemos aqui em Belo Horizonte. A polícia veio com um aparato muito forte”. O integrante da manifestação também informou que houve alguma prisões.

“Não sabemos quantas pessoas ao certo foram presas, mas fomos informados que um grupo grande foi levado para a Delegacia de Venda Nova. Estamos com um grupo de advogados que vai para lá acompanhar essas prisões”, comentou.

*Colaborou Camila Maciel

Edição: José Romildo

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