Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - "A manifestação é um movimento espontâneo de gente que está sendo oprimida por esta cidade", disse a estudante Yasmin Rodrigues, uma das organizadoras do pelotão de frente do protesto que tomou a Avenida Rio Branco, no centro do Rio. Os manifestantes acabam de chegar à Cinelândia.
"As pessoas estão perdendo a casa, a dignidade, perdendo seu dinheiro todo para que isso vire um polo empresarial, que não tem espaço para os pobres que moram aqui e viveram aqui sua vida inteira", diz a estudante.
A professora aposentada Deusa Volpi carrega um cartaz com os dizeres do 5º Artigo da Constituição. "A livre manifestação do pensamento é garantida pela Constituicão, e se a gente está insatiseito, a gente tem que se pronunciar. É inadimissível que a população seja reprimida da forma como está sendo. Eu não saí nos outros dias, mas depois do que eu vi, eu vim para dar apoio".
Acompanhando a marcha passar pela avenida, Marcus Vinícius Pessoa Dias, que trabalha em um prédio na Rio Branco, disse que apoia o movimento. "É importante o que eles estão fazendo, atrapalha o trânsito, mas faz parte, tem que ser assim mesmo".
Um tumulto começou por volta das 18h50 na esquina com a Rua Evaristo Veiga, mas foi logo contido pela multidão aos gritos de "Sem violência".
O protesto se diz apartidário e ligado a movimentos sociais, mas é possível observar bandeiras de partidos políticos da extrema esquerda. Um dos gritos da manifestação é "Não temos partido". Também participam da marcha pessoas que pedem a volta do Bondinho de Santa Teresa.
Edição: Carolina Pimentel
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