Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Rio viveu hoje (12) à tarde um verdadeiro caos no trânsito, com reflexos nas principais vias de acesso ao centro da capital fluminense, às zonas norte e oeste da cidade. Tudo começou após a carga de uma carreta carregada com fios de cobre ter virado na pista lateral da Avenida Brasil, em direção à zona oeste, no Caju, zona portuária.
A carga de bobinas de fios de cobre foi retirada com auxílio de dois reboques da Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio (CET-Rio). A operação levou mais de uma hora e meia e isso fez com que o trânsito no Rio parasse em diversos trechos, com reflexos na Ponte Rio-Niterói, no Túnel Rebouças, e nos bairros da Tijuca, do Maracanã e no acesso pela Avenida Radial Oeste, no Maracanã, para o centro da cidade.
A Secretaria Municipal de Transportes informou agora à noite, em nota, que convocou os representantes da Transportadora Transbirday, responsável pela carreta, para comparecer à sede da secretaria e prestar esclarecimentos sobre as razões do acidente. Na avaliação dos técnicos da prefeitura houve falha operacional da empresa transportadora. A bobina estava mal amarrada à carreta, o que causou a queda. Além disso, a empresa não disponibilizou equipamentos para recolocar a bobina na carreta e o trabalho foi feito por dois reboques pesados da prefeitura.
A secretaria irá multar a Transportadora Transbirday e abrir sindicância para verificar a competência da empresa para o manuseio e transporte de cargas especiais. Caso seja verificada a inoperância técnica, a Transportadora Transbirday poderá ser proibida de fazer transporte de carga no município do Rio.
O jornalista Carlos Alberto Silva, que pegou um ônibus na Barra da Tijuca às 15h38 levou mais de quatro horas para chegar à Lapa, no centro do Rio. "Eu pego dois ônibus. Do primeiro eu desço na Gávea. E de lá pego outro ônibus que segue pela zona sul, passando pela Praia de Botafogo, Flamengo, Largo do Machado e Glória até chegar ao centro, e esse percurso levou quase quatro horas". Silva disse que esse trajeto é feito em cerca de duas horas normalmente.
Quem saía da Tijuca e vinha para o centro também encontrou grandes dificuldades. Um percurso de ônibus que leva em média 30 minutos, hoje levou mais de uma hora e meia devido ao bloqueio de todas as transversais. A Rua Hadock Lobo, por exemplo, estava com os principais cruzamentos fechados, como o da Rua do Matoso e da Avenida Paulo de Frontin. Muita gente desceu do ônibus e continuou o trajeto a pé.
Outro problema ocorreu no Viaduto dos Marinheiros, na Praça da Bandeira, onde o acesso à Avenida Francisco Bicalho, na zona portuária estava bloqueado, devido ao acidente com a carreta. Quem seguia pelo viaduto para seguir pela Avenida Presidente Vargas ficava parado por mais de uma hora e meia sem conseguir que o ônibus seguisse viagem.
A situação só começou a melhorar depois das 20 h, quando o fluxo foi melhorando e a situação voltando ao normal. Com o acidente, os ônibus não conseguiam chegar ao ponto final e os passageiros ficaram horas esperando uma condução para seguir para casa. O terminal da Central do Brasil, que segue para a Baixada Fluminense, ficou superlotado de pessoas esperando condução para seguir do trabalho de volta para casa.
Edição: Fábio Massalli
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