Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A taxa de desemprego passou de 11% em março para 11,3% em abril, nas sete regiões analisadas pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), o total de desempregados nessas regiões foi estimado em 2,491 milhões de pessoas, 52 mil a mais do que no mês anterior.
O nível de ocupação nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, do Recife, de Salvador, São Paulo e do Distrito Federal registrou retração de 0,4% devido à eliminação de 80 mil postos de trabalho, número maior do que o de pessoas que se retiraram do mercado (29 mil). O nível de ocupados nessas sete regiões foi calculado em 19,557 milhões e a população economicamente ativa em 22,047 milhões.
Por setores o nível de ocupação caiu na indústria de transformação (-98 mil postos de trabalho o que equivale a -3,4%), e no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-47 mil empregos ou -1,2%). A quantidade de ocupados manteve-se estável em Serviços (34 mil ou 0,3%) e na Construção (4 mil ou 0,3%).
De acordo com a PED, o número de assalariados registrou retração de 0,5%. A quantidade de empregados com carteira assinada caiu 0,7% e sem registro em carteira caiu 1,3%. Houve redução também de empregados domésticos (-1,4%) e aumento o número de autônomos (0,6%).
O rendimento médio dos ocupados registrou decréscimo de 0,4% em março e o dos assalariados teve queda de 0,3%, chegando aos valores de R$ 1.583 e R$ 1.622, respectivamente.
De acordo com a técnica do Dieese, Ana Maria Belavenuto, apesar de a taxa de ocupação ser negativa é promissora, pois é mais elevada do que a registrada em março (-1,1%). Ela ressaltou o desempenho da indústria, que foi um dos responsáveis pela queda no número de empregos.
"Temos visto por um bom tempo o setor da indústria caindo e o setor de serviços e comércio sustentando os empregos. Há indicativos da retomada da indústria ainda para este ano, mas não sei em que patamar", disse.
Edição: Denise Griesinger
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