Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A tensão na Península Coreana agravou-se nos últimos dias com a ameaça do governo da Coreia do Norte de promover testes nucleares em direção à Coreia do Sul e aos Estados Unidos. As ameaças foram respondidas com ações pelos sul-coreanos, norte-americanos e japoneses – todos colocaram seus arsenais bélicos em alerta. O clima gerou sanções da comunidade internacional à Coreia do Norte e advertências, mas nem por isso o temor diminuiu.
A Coreia do Norte, que abandonou o Tratado de Não Proliferação Nuclear em 2003, diz ter “direito soberano” de manter armas nucleares. Na sessão do último dia 1º, a Suprema Assembleia Popular aprovou uma lei cujo objetivo principal é permitir que existam armas nucleares a serem usadas “para repelir invasão ou ataque por parte de uma potência nuclear, assim como para realizar ataques retaliatórios".
Pela lei aprovada, a Coreia do Norte se diz empenhada com os esforços internacionais para a não proliferação e o desarmamento. Na prática, o governo norte-coreano informou à comunidade internacional que manterá o desenvolvimento de um programa nuclear, mas que fará de acordo com a lei.
Porém, uma resolução, de 2006, do Conselho de Segurança das Nações Unidas, determina que a Coreia do Norte abandone todas as armas nucleares e o desenvolvimento de programas de tal forma que a medida seja comprovada e irreversível.
A Coreia do Norte é um dos países mais fechados do mundo e as informações sobre seu arsenal bélico e nuclear envolvem dados não oficiais, estimativas e avaliações de especialistas. Para alguns especialistas, a Coreia do Norte não tem a capacidade nuclear que diz ter. Porém, eles advertem que a gravidade da situação não pode ser subestimada e que há um risco real, em uma área militarizada.
Edição: Graça Adjuto
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