Consumo de combustíveis no país cresce 6,1% em 2012

28/02/2013 - 11h45

 

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O consumo de combustíveis no Brasil cresceu 6,1% de 2011 para 2012. Em todo o país, foram consumidos 129,7 bilhões de litros de combustíveis no ano passado. O dado foi divulgado hoje (28) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), durante seminário para avaliação do mercado de derivados do petróleo.

A economia cresceu em torno de 1,5%. É um setor que cresce quatro vezes mais do que o crescimento do país. O resultado mostra que é um setor que tem passado muito longe da crise mundial”, disse o diretor da ANP Florival de Carvalho.

O consumo de gasolina C (comum, usada nos veículos) chegou a 39,7 bilhões de litros, um aumento de 11,9% em relação a 2011. Por outro lado, o etanol teve uma queda de 5,6% no consumo. O etanol hidratado (usado diretamente como combustível) caiu 9,6%, enquanto o anidro (adicionado à gasolina) diminuiu apenas 0,2%. “A queda do etanol hidratado tem a ver com preço [que aumentou em 2012] e a população faz a escolha entre um combustível e outro [etanol ou gasolina]”, disse o diretor.

De acordo com a ANP, também houve crescimento do gás liquefeito de petróleo (GLP), de 0,5%, de querosene de aviação (4,8%), de biodiesel (7%), de óleo diesel (7%), e de óleo combustível (7,1%).

Segundo Florival de Carvalho, para evitar problemas de falta de combustível em alguns locais do país, como houve no final de 2012, a ANP está preparando uma resolução que vai permitir o aumento da capacidade de estocagem de combustível no Brasil.

Ele acredita, no entanto, que os investimentos feitos pelas empresas distribuidoras de combustível para ampliar sua capacidade de estocagem de combustível não resultarão em aumento de preço para o consumidor.

Florival de Carvalho disse ainda que o aumento do percentual do etanol anidro na gasolina deverá reduzir a necessidade de importação desse combustível. “Não sei se em 2013 haverá um crescimento de 6% [dos combustíveis], mas certamente será um crescimento robusto. O importante é que não faltará combustível neste ano”, reforçou.

Edição: Juliana Andrade

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