Gilberto Costa*
Correspondente da EBC em Portugal
Lisboa – As empresas operadoras de seguro em Portugal estão preocupadas com as condições climáticas que podem resultar no aumento de pedidos de indenizações causadas por tempestades, como a registrada na última semana de Norte a Sul do país que, entre outros prejuízos, afetou 11 mil quilômetros da linha de transmissão de energia.
Hoje (23), vento e chuva afetam o litoral Norte do país (com ondas até 7 metros), impedindo o trabalho dos pescadores. No interior, na região de Viseu, milhares de alunos estão sem aula por causa das dificuldades de circulação.
A Associação Portuguesa de Seguradoras estima que as companhias possam ter que desembolsar mais de 3,3 milhões de euros para seguros do comércio, da habitação e de automóveis atingidos pelas condições do clima. O valor supera os gastos com as indenizações pagas em novembro do ano passado por ocasião da passagem de um tufão.
Entre as seguradoras, há uma preocupação especial com a possibilidade de alagamentos por causa de chuvas intensas. No próximo dia 4 de fevereiro, pesquisadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa que estudam mudanças climáticas apresentarão os resultados de estudo sobre risco de inundações.
De acordo com Filipe Duarte Santos, coordenador do grupo, inundações causadas por fortes chuvas são fenômenos associados a variações extremas do clima, ligadas ao aquecimento global.
O clima do inverno em Portugal é afetado pela umidade e ventos do Atlântico Norte e pelo ar frio e seco que tem origem no Ártico e afeta intensamente outros países ao Norte da Europa.
Esta semana, a neve que se origina das correntes de ar do Polo Norte provocou o cancelamento de centenas de voos nos aeroportos de Londres, Paris e Frankfurt, os mais importantes da Europa. Só na capital econômica da Alemanha, 203 voos foram cancelados segunda-feira (21). Hoje, a previsão é de que a temperatura em Londres chegue a 0 grau Celsius (0ºC), em Paris a 1°C e em Frankfurt, a -3°C.
Edição: Graça Adjuto
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