Manifestantes do MST liberam pista da BR-040, após quatro horas de protesto

21/11/2012 - 15h49

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Depois de quatro horas interditada, a pista da BR-040 sentido Brasília-Valparaíso, foi liberada às 14h30 de hoje (21). Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) montaram uma barricada no local e atearam fogo a pneus. A rodovia fica na saída sul de Brasília e é utilizada para quem vai para Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Cerca de 40 homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar chegaram ao local por volta das 14h para garantir a saída dos manifestantes, mas não houve confronto. A pista no sentido contrário, Valparaíso-Brasília, foi liberada pouco antes, após negociação da polícia com os manifestantes.

"Eles [os homens do Batalhão de Choque] vieram para garantir a retirada, mas os manifestantes já tinham aceitado liberar a primeira pista, que vai para Brasília, e nós conversamos com eles, que mantiveram enquanto puderam os pneus pegando fogo na pista sentido Valparaíso, mas ao fim aceitaram sair", explicou o tenente-coronel Luiz Coelho Júnior, responsável pela equipe da Polícia Militar que acompanhou o protesto.

Os manifestantes começaram a ocupar as pistas às 10h30, reivindicando agilidade no processo de reforma agrária no Distrito Federal.

De acordo com Josenilton Rodrigues da Silva, coordenador estadual do MST no DF e entorno, cerca de 1.200 famílias estão acampadas, desde agosto, em uma área próxima ao local do protesto, às margens da BR-040, distante 26 quilômetros de Brasília. Silva informou que há uma ordem judicial determinando a desocupação do terreno até 1º de dezembro. “O problema é que não podemos sair se o governo do Distrito Federal não nos der outra alternativa. Queremos sentar para negociar isto, mas o governo retrocedeu nas discussões”, disse.

Integrantes do MST também protestaram na BR-020 e ocuparam a pista no sentido Formosa (GO)-Brasília, o que causou congestionamento. Eles bloquearam a estrada com pneus e galhos que foram queimados.

Edição: Denise Griesinger