Dilma apela para que Irã desenvolva programa nuclear com fins pacíficos

02/10/2012 - 13h57

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff apelou hoje (2), durante a 3ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da América do Sul-Países Árabes (Aspa), para que não ocorra uma ação militar externa contra as instalações nucleares do Irã. O governo do Brasil defende que o programa nuclear do Irã tenha fins pacíficos e não de produção de armas. Segundo ela, qualquer iniciativa externa contra o Irã constituirá violação internacional e desestabilizará o Oriente Médio, com “gravíssimas consequências para a humanidade”.

Para alguns países, o programa nuclear do Irã é uma ameaça ao mundo porque há suspeita de enriquecimento do urânio para fins não pacíficos. As autoridades iranianas negam irregularidades e informam que não há produção de armas no país. No entanto, o Irã é alvo de uma série de sanções econômicas, comerciais e financeiras.

A Agência Internacional de Energia Nuclear (Aiea), órgão ligado às Nações Unidas, critica as dificuldades de fiscalização das usinas e do programa nuclear iraniano. Porém, está em curso uma articulação para que um grupo de inspetores verifique as instalações nucleares iranianas nos próximos meses.

Dilma defendeu a criação de uma área de livre de armas nucleares. “[O Brasil] apoia uma iniciativa para uma zona livre de armas de destruição no Oriente Médio”, disse a presidenta, lembrando o ideal é a busca de soluções por meio do diálogo e da paz.

Edição Beto Coura//Matéria alterada hoje (3) às 11h50 para correção de informação. O pedido da presidenta é para que não ocorra uma ação militar externa contra as instalações nucleares do Irã. Para
Dilma, qualquer iniciativa externa contra o Irã constituirá violação internacional e desestabilizará o Oriente Médio, "com gravíssimas consequências para a humanidade"