Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal (STF), cometeu ontem (29) um equívoco ao anunciar a pena do réu Henrique Pizzolato no julgamento do chamado mensalão. A correção só pode ser percebida hoje (30), quando a assessoria do Tribunal divulgou documento oficial com as penas aplicadas pelo ministro aos reús que constam do terceiro capítulo do processo.
Peluso condenou o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil pelo crime de lavagem de dinheiro, mas aparentemente não somou a pena na conta final. Ontem, ele anunciou que a pena sugerida era de oito anos e quatro meses de prisão. No entanto, o documento apresentado hoje registra pena de 12 anos e um mês de reclusão, que dá justamente o acréscimo da pena de lavagem de dinheiro (três anos e nove meses). Nos dois casos, o ministro aplicou o regime fechado.
A confusão sobre a pena de Pizzolato reflete críticas feitas ontem pelos advogados do caso, que consideraram que o ministro não foi coerente em seu voto. Mais cedo, Peluso havia absolvido João Paulo Cunha pelo crime de lavagem de dinheiro. Para os defensores, não faria sentido absolver um réu e não absolver o outro, se a sistemática para o saque do dinheiro foi a mesma.
O gabinete do ministro informou, via assessoria de imprensa do STF, que o erro ocorreu porque Peluso esqueceu de ler uma parte do voto.
Edição: Lana Cristina