Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O crescimento dessazonalizado (livre de variações do período) da atividade econômica, que foi 0,75% em junho, em relação a maio, registrado pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), foi considerado um número “transitório, mas muito baixo” pela economista Denise Gentil, professora do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ).
Denise disse hoje (17) à Agência Brasil que a expansão de 0,75% demonstra que a economia permanece ainda com avanços muito tímidos. “Parece que o segundo semestre não vai ser também muito animador”.
A professora cobrou mais ousadia do governo federal. “Acho que se as medidas econômicas não forem mais ousadas, dificilmente a economia vai reagir a tempo de reverter o indicador de Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, que já está em 1,9%”. A expectativa da economista da UFRJ é que o PIB mantenha crescimento menor que 2% no ano.
Segundo Denise Gentil, as grandes variáveis econômicas não estão reagindo, entre elas os investimentos, o consumo das famílias e a expansão do crédito. “[Esses itens] Não estão tendo o comportamento que se esperava depois das medidas de desoneração que o governo já produziu”.
Para a professora, isso está acontecendo porque a política fiscal do governo está muito dura, no sentido da contenção de gastos. “A receita está caindo e o governo está contendo gastos. Evidentemente, isso provoca desaceleração na economia”.
Edição: Fábio Massalli