Reforma do Museu do Folclore no Rio continua parada e sem data para terminar

13/08/2012 - 12h09

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A reforma do Museu de Folclore Edison Carneiro, do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP), na zona sul da cidade, deve continuar parada. Iniciada em fevereiro, o prazo final da reforma expirou no mês passado. O motivo da paralisação é o impasse entre a empresa responsável pela execução das intervenções e o escritório de arquitetura, que elaborou o projeto. Segundo a Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Rio de Janeiro (Iphan-RJ), responsável pela fiscalização da obra, não há previsão de data para resolver o problema.

A coordenadora de difusão cultural do CNFCP, Lucila da Silva Telles, disse que a entrada de visitantes está impedida na biblioteca, na Sala do Artista Popular (SAP) e na exposição permanente do museu.

Diante do impasse, a equipe técnica e funcionários do espaço decidiram abrir na última semana, por conta própria, a SAP, que recebe a mostra Espedito Seleiro, da sela à passarela, com criações em couro do artesão pernambucano. “Temos um contato com o público, que nos cobra pelo fechamento do espaço. Nossos compromissos institucionais começaram a nos pressionar e temos uma exposição da galeria para abrir em agosto. Resolvemos peitar a abertura da sala, mesmo em condições precárias”, explicou a coordenadora.

De acordo com Lucila Telles, com a prorrogação da obra, uma parte do acervo começou a deteriorar por causa do acondicionamento provisório.“Vivemos um caos há vários meses e não temos previsão de quando isso vai se concluir. Temos hoje dificuldade para visitação em agosto, que é o mês do folclore. O público se queixa, as escolas que agendam vão ficar sem visitar a exposição. É um público considerável que está impedido de vir.”

De acordo com a Superintendência do Iphan, existem negociações com a empresa responsável pelas intervenções, mas sem previsão de desfecho para o problema e a reforma deve permanecer parada.

Edição: Carolina Pimentel