Rodovia Fernão Dias continua fechada em Minas Gerais por manifestação de caminhoneiros

27/07/2012 - 14h03

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Um  protesto feito por caminhoneiros continua paralisando o trânsito na Rodovia Fernão Dias, em Minas Gerais. De acordo com informações da Autopista, concessionária que administra a rodovia, a pista sul (sentido São Paulo) está bloqueada no quilômetro 545, na região de Itatiaiuçu. O tráfego está parado do km 533 ao km 545.

Na mesma pista, a segunda faixa e o acostamento estão com tráfego restrito no km 513, região de Igarapé. Os veículos seguem pela primeira faixa, com retenção entre os quilômetros 507 e 513. Na região de Carmópolis de Minas, o fluxo de veículos segue pela primeira faixa, com lentidão entre os quilômetros 586 e 589. Nesse trecho, a segunda faixa e o acostamento estão bloqueados.

Ainda segundo as informações da concessionária, na pista norte (sentido Belo Horizonte), a segunda faixa e o acostamento também estão bloqueados no km 589, fazendo o tráfego fluir com lentidão entre os quilômetros 596 e 589. No mesmo sentido, há cinco quilômetros de tráfego lento, do km 623 ao km 617, na região de Oliveira, devido ao excesso de veículos no acesso à cidade.

O Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), organizador da manifestação, foi procurado pela Agência Brasil, mas, até o momento de publicação da matéria, não havia respondido à reportagem. De acordo com informações do site do MUBC, os trabalhadores reivindicam a revogação, cancelamento e revisão de normas da ANTT, além de melhores condições de trabalho para os profissionais.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a corporação tem tentado negociar com os manifestantes, mas não tem obtido sucesso. “Pedimos liberação de uma faixa de circulação para passagem de veículos de automóveis, ônibus, vans, veículos de emergência e também de motoristas que não queiram participar do movimento. Até o presente momento, houve pouco atendimento, por parte dos manifestantes, das solicitações da PRF”, informou a PRF, por meio de nota.

De acordo com a PRF, em alguns trechos onde a manifestação é feita, os outros usuários têm sido impedidos de passar, mesmo que estejam transportando idosos, crianças, pessoas doentes e em tratamento de saúde. Além disso, a PRF disse ter observado que já houve casos de vandalismo a veículos parados no congestionamento e coação a caminhoneiros que não querem participar do movimento.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) disse que vem mantendo negociação com representantes dos caminhoneiros buscando o aperfeiçoamento dos requisitos para inscrição no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas e das normas relativas ao pagamento eletrônico de frete, entre outros itens.

A ANTT reforçou que em agosto todas as partes envolvidas terão a oportunidade de discutir o assunto no Fórum Permanente do Transporte Rodoviário de Cargas. “A agência reguladora, por seus diretores e seu corpo técnico, sempre esteve e continuará à disposição dos transportadores rodoviários, pessoas físicas ou jurídicas, para discutir e efetivar medidas que busquem harmonizar os interesses de prestadores e usuários dos serviços de transporte rodoviário”, disse a ANTT, por meio de nota.

Edição: Davi Oliveira