Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O juiz Paulo Moreira Lima, que atuou no processo contra o suposto grupo criminoso liderado pelo empresário Carlinhos Cachoeira, será ouvido amanhã (20) pela corregedora-geral de Justiça, Eliana Calmon. Moreira Lima deixou a 11ª Vara Federal em Goiás, onde corre o processo, porque se disse ameaçado por agentes de segurança e outras pessoas ligadas a Cachoeira.
Segundo o CNJ, o objetivo da reunião é conhecer as circunstâncias do afastamento do magistrado. Também participarão do encontro o juiz Leão Aparecido Alves, o corregedor-geral do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), Carlos Olavo e o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Nino Oliveira Toldo.
Ao comentar o caso nesta terça-feira (19), Calmon mostrou insatisfação com o simples afastamento do magistrado, sem que a corregedoria tomasse outras medidas para apurar responsabilidades e proteger o juiz. “Nós não podemos ter juízes covardes, nós não podemos ter juízes ameaçados, não podemos aceitar que ameaças veladas, físicas ou morais, possam impedir que a nossa magistratura desempenhe suas funções”, afirmou a corregedora.
Edição: Rivadavia Severo