Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Quem visita o Parque dos Atletas, na Barra, vizinho ao Riocentro, sede da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, pode experimentar as diversas formas de geração de energia limpa e renovável, com direito até a respingos de água e lufadas de vento.
Para isto, basta percorrer o túnel sensorial construído por Furnas, no estande da Eletrobras.
O equipamento é uma das formas com que a empresa procura mostrar, nos diversos locais da Rio+20, seus compromissos com as discussões para um mundo mais sustentável.
“Queremos despertar, nos visitantes, o sentimento de que conseguimos alcançar o progresso aliando desenvolvimento econômico ao respeito ao ser humano e à preservação do meio ambiente”, ressaltou o presidente de Furnas, Flavio Decat.
Segundo ele, o compromisso da empresa com o desenvolvimento sustentável está exemplificado nas 15 hidrelétricas em operação, nas outras quatro em construção e nos 17 parques eólicos que estão sendo implantados no Nordeste do país. “Nós produzimos 100% de energia limpa e renovável”, destacou.
Além do Parque dos Atletas, a agenda de Furnas dedicada à cnferência da ONU se desdobra por vários outros locais: no Riocentro, sede oficial do evento; no Pier Mauá; no Forte de Copacabana; e no próprio edifício-sede da empresa, em Botafogo, na zona sul da cidade. Lá, Furnas realiza, até amanhã (15), uma exposição de veículos elétricos e sedia, na próxima segunda-feira (18), das 10h às 17h, o Fórum Global de Mobilidade Elétrica.
O evento é promovido pela ONU, em parceria com outras instituições e tem como objetivo debater os desafios da universalização do uso de veículos elétricos e suas implicações nas políticas públicas do setor de transportes. Serão apresentados no encontro estudos e análises de mercado sobre a expectativa dos consumidores e a expansão da oferta de veículos elétricos, entre outros dados relacionados ao tema.
Na exposição montada no pátio de sua sede, Furnas apresenta, outros veículos, alguns com direito a test drive, como a bicicleta elétrica movida a energia solar. No Brasil, onde a energia que abastece esses veículos é, em grande parte, renovável e limpa, um carro elétrico representa um benefício para o meio ambiente e também para o bolso. Estima-se que, na cidade, um carro elétrico pode rodar até 160 quilômetros, com um gasto de R$ 7 contra R$ 30 de um veículo a álcool.
Entre as várias palestras de técnicos da empresa, programadas ao longo da Rio+20, está a que trata do projeto de uma linha de transmissão de alta capacidade, com potência até duas vezes maior do que as linhas convencionais. O projeto, sob a responsabilidade do engenheiro elétrico Jorge Amon Filho, gerente do Departamento de Planejamento de Transmissão de Furnas, permite transportar grandes blocos de energia de forma mais econômica e competitiva, além de atender às premissas de preservação do meio ambiente. Isto porque esse tipo de linha requer uma faixa de servidão menor e evita a construção de novas linhas convencionais em áreas onde as restrições ambientais são maiores.
Acompanhe a cobertura multimídia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) na Rio+20.
Edição: Lana Cristina