Instituições financeiras do exterior não estão fechadas para empresas e bancos do Brasil, diz Mantega

14/06/2012 - 14h10

Daniel Lima*
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou que as instituições financeiras estrangeiras estejam fechadas para conceder empréstimos a empresas e bancos brasileiros. Ao explicar a mudança no prazo para a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiros (IOF) nos empréstimos externos, de cinco para dois anos, o ministro foi perguntado se a medida não é ineficaz para mudar a percepção dos investidores estrangeiros, que tem reduzido o envio de dólares ao Brasil.

Não [a medida não é ineficaz]. Antes de a crise recrudescer, havia facilidade maior de tomar créditos de longo prazo e agora, com essa crise internacional, ficou mais difícil. É possível que as empresas queiram tomar empréstimos de prazo menor, de dois anos de vencimento. Estamos facilitando isso”, disse.

O ministro destacou ainda que a redução no prazo é eficaz porque ajudará as empresas que precisam fazer a rolagem das dívidas. Para ele, embora o cenário internacional continue provocando um estresse no mercado financeiro, o Brasil é considerado um país sólido para os investidores estrangeiros.

Mantega também disse que a medida, publicada hoje (14) no Diário Oficial da União, é complementar a outras que facilitam a disponibilização do crédito no Brasil. “O governo brasileiro sempre agiu rapidamente. Então, trata-se apenas de um medida complementar. Não é tão significativa assim. A única medida que estava em cogitação era essa e tem mais a ver com o crédito do que com o câmbio”, explicou.

Ele informou que a medida é prudencial, porque os bancos estavam tomando crédito de forma excessiva no exterior, passando a ter uma exposição [dívida] em moeda estrangeira elevada.

*Colaborou Kelly Oliveira // Edição: Juliana Andrade