Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os integrantes da missão humanitária à qual as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) prometeram entregar o jornalista francês Roméo Langlois já estão a caminho do local indicado para a libertação do repórter, de 35 anos.
Por meio do Twitter, a senadora colombiana Piedad Córdoba, uma das integrantes da missão coordenada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, divulgou que a expectativa é que Langlois seja libertado entre as 16h e as 17h (horário de Brasília) de hoje (30).
Segundo informações da imprensa colombiana, os integrantes da missão partiram da cidade de Florencia, no estado de Caquetá, com destino ao local indicado pelas Farc por volta das 7h da manhã (horário de Brasília). O ponto exato do encontro não foi divulgado a fim de impedir a presença de jornalistas e, principalmente, de militares.
Além da senadora, fazem parte do grupo o emissário do governo francês Jean-Baptiste Chauvin (indicado pelo próprio presidente François Hollande) e funcionários da Cruz Vermelha, entre eles Jordi Raich, chefe da delegação da entidade humanitária na Colômbia.
Correspondente de veículos internacionais como o canal France 24 e do jornal Le Figaro, Langlois está em poder das Farc desde o dia 28 de abril. Ele foi capturado pela guerrilha quando acompanhava uma operação militar contra o tráfico de drogas no Sul da Colômbia. O sequestro do jornalista é reivindicado pela Frente 15 das Farc, uma das alas da guerrilha.
Embora Langlois more há dez anos na Colômbia, a imprensa colombiana, a partir de informações também fornecidas pela senadora Piedad Córdoba, dá como certo que o jornalista viajará para a França tão logo seja libertado.
Desde as 18h locais de ontem (29), todas as ações militares e policiais, sobretudo sobrevoos de aeronaves militares, foram suspensas em um raio de 20 quilômetros quadrados da região norte de Caquetá. Essa é umas das exigências feitas pelas Farc que constam do protocolo de segurança acordado pelo Ministério da Defesa colombiano e a embaixada francesa no país e pela Cruz Vermelha, com o objetivo de garantir as condições necessárias à execução da missão de resgate. As operações militares e policiais só poderão ser retomadas a partir das 6h de amanhã (31).
Edição: Graça Adjuto