TRT tenta conciliação entre CPTM e trabalhadores em greve de duas linhas de trem da zona leste

23/05/2012 - 18h31

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região promove, no final da tarde de hoje (23), audiência de instrução e conciliação com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e o sindicato que representa os trabalhadores. Desde a 0h de hoje (23), funcionários das linhas 11-Coral (Luz - Estudantes) e 12-Safira (Brás - Calmon Viana), estão em greve. A paralisação afetou cerca de 850 mil pessoas que usam diariamente os ramais de trem que passam pela zona leste paulistana.

Representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil, os trabalhadores que operam essas linhas querem aumento real de 5% nos salários, além de reposição da inflação de 5,83%, calculada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A proposta da empresa prevê reajuste de 6,17% e participação nos resultados da empresa com valor mínimo de R$ 3 mil.

Segundo o presidente da CPTM, Mário Manuel Seabra Rodrigues Bandeira, as reivindicações estão fora do padrão do mercado. “Estamos negociando há algum tempo. Nossa proposta é extremamente boa e não compreendemos o motivo que levou o sindicato a não aceitá-la”.

De acordo com a companhia, o TRT determinou ontem (22) que deveria ser garantido o funcionamento das linhas da CPTM com 85% do efetivo nos horários de pico, compreendidos entre as 5h e as 9h e das 17h às 20h, e 70% nos demais horários. Em caso de descumprimento, o sindicato fica sujeito à multa diária de R$ 100 mil. “Os oficiais de Justiça já comprovaram o não cumprimento da medida cautelar proferida. Vamos aguardar as sanções já determinadas anteriormente”, disse Mário Manuel.

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, que representa os ferroviários das linhas Rubi e Turquesa, está em assembleia para decidir se adere à greve. Membros da diretoria do sindicato, no entanto, também vão à audiência de conciliação.

Edição: Lana Cristina