Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Moradores do Itaim-Bibi e de bairros vizinhos que frequentam o Parque do Povo, situado ao lado da Ponte Cidade Jardim, na zona sul da cidade, saíram hoje (18) em passeata para protestar contra a violência e pedir mais segurança na região. Os organizadores esperavam reunir em torno de mil pessoas, mas calcularam em pouco mais de duas centenas o total que compareceu. A Polícia Militar estima a participação de 260 pessoas.
Maria Brito, uma das moradores e coordenadores do ato pelo grupo SOS Itaim, informou que tem sido comum a ocorrência de furtos e roubos, não só dentro do Parque do Povo, como na Avenida Cidade Jardim e em vias próximas. Ela disse que, no entanto, não há uma estatística precisa, mesmo porque, em muitos desses casos, as vítimas nem chegam a ir até o 15º Distrito Policial, que é a delegacia mais próxima, para registrar a ocorrência.
Na região, predominam prédios de apartamentos residenciais de classe média alta e acima desse perfil econômico. De acordo com o relatos, os pertences levados em sua maioria são de pedestres abordados enquanto fazem a caminhada no parque ou seguem para o trabalho.“São celulares, tênis, bicicletas e até carrinhos de bebê, entre outros objetos tirados de quem vem ao parque ou das pessoas que estão indo pegar o trem [na estação da Vila Olímpia, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos], disse Maria Brito.
Ela acrescentou que as queixas se estendem aos arrastões em restaurantes e casas noturnas, um problema verificado também em outros pontos da capital paulista, como o Morumbi, na zona sul, e a Vila Madalena, na zona oeste.
"Nós pagamos os nossos impostos e queremos ver uma cidade segura, uma cidade pacífica, onde as pessoas possam andar nas ruas tranquilas”, cobrou Jorge Eduardo Rubies, presidente da organização não governamental (ONG) Preserva São Paulo. Ele disse que a impunidade é uma das causas do crescimento da violência e pediu mais policiamento para que as pessoas possam se sentir mais protegidas.
Os manifestantes recolheram assinaturas para um documento que será encaminhado a autoridades estaduais e municipais.
Edição: Juliana Andrade